Una mirada antropológica sobre los estudios poblacionales en neuroimágenes. Presentación de una base de datos de resonancias magnéticas de cerebro de la población local

Abstract

Las imágenes por resonancia magnética (IRM), han contribuido al conocimiento, pronóstico y diagnóstico de distintas enfermedades neurológicas, así como al estudio de la variabilidad neurobiológica en las poblaciones sanas, en el marco de las neurociencias. Las bases de datos disponibles para estas investigaciones provienen principalmente de países WEIRD (occidentales, con alto nivel de escolarización, industrializados y de ingresos altos), mientras que el resto de las poblaciones, como la latinoamericana, resultan subrepresentadas. Dado que se conocen diferencias en las prevalencias de enfermedades y tasas de supervivencia, la incorporación de poblaciones con distinto perfil genético y económico-sociocultural es necesaria para obtener datos representativos de la diversidad poblacional en neurociencias. Desde 2016, en la unidad ejecutora de Estudios en Neurociencias y Sistemas complejos (ENyS), se está construyendo una base de IRM de población sana del AMBA, con el objetivo de aportar a construir valores de referencia de distintos aspectos de la neuroanatomía a lo largo de la edad. De cada sujeto, además, se obtiene información genética, socio-ambiental, origen, antecedentes de salud, lateralidad de extremidades y evaluación neurocognitiva. Al momento, la base se compone de 173 sujetos de 18 a 85 años y de ambos sexos. La información recolectada constituye una referencia disponible para la comunidad científica general. 

Abstract  

Magnetic Resonance Imaging (MRI) has contributed to the understanding, diagnosis, and prognosis of various neurological diseases, as well as the study of neurobiological variability in healthy populations within the framework of neurosciences. Most of the available databases for these research purposes come from WEIRD countries (Western, Educated, Industrialized, Rich, and Democratic), while the rest of the populations, such as the Latin American ones, are underrepresented. Given the differences in disease prevalence and survival rates, incorporating populations with different genetic and economic-sociocultural profiles is necessary to obtain representative data on the diversity of the population in neurosciences. Since 2016, in the unit executing Studies in Neuroscience and Complex Systems (ENyS), a healthy MRI database from the Americas has been built, to provide references for various aspects of neuroanatomy throughout life. From each subject, additional information is obtained, such as genetic data, socio-environmental data, origin, health history, lateralization of limbs, and neurocognitive assessment. Currently, the database consists of 173 subjects aged between 18 and 85 years and of both sexes. The information collected constitutes a reference available for the general scientific community. 

Resumo 

A ressonância magnética (RM) tem contribuído para o conhecimento, diagnóstico e prognóstico de várias doenças neurológicas, bem como para o estudo da variabilidade neurobiológica em populações saudáveis no contexto das neurociências. As bases de dados disponíveis para essas pesquisas provêm principalmente de países WEIRD (ocidentais, com alto nível de escolaridade, industrializados e de alta renda), enquanto o restante das populações, como a latino-americana, está sub-representado. Dado que são conhecidas diferenças nas prevalências de doenças e taxas de sobrevivência, a incorporação de populações com perfis genéticos, econômicos e socioculturais diferentes é necessária para obter dados representativos da diversidade populacional em neurociências. Desde 2016, na unidade executora de Estudos em Neurociências e Sistemas Complexos (ENyS), está sendo construída uma base de RM de populações saudáveis da AMBA, com o objetivo de contribuir para a construção de valores de referência para diversos aspectos da neuroanatomia ao longo da vida. De cada sujeito, também são obtidas informações genéticas, socioambientais, de origem, histórico de saúde, lateralidade dos membros e avaliação neurocognitiva. Até o momento, a base é composta por 173 sujeitos de 18 a 85 anos e de ambos os sexos. As informações coletadas constituem uma referência disponível para a comunidade científica em geral.